Gente, a gravidez é uma experiência muito diferente. Antes de passar por essa experiência eu achava que seria a grávida mais zen do pedaço. Engano meu. Os hormônios me deixaram a beira de uma bipolaridade. Em alguns momentos me sinto super tranquila, nada me aborrece. Já em outros, tenho vontade de me esconder, de chorar por tudo.
Algumas coisas em específico são de tirar qualquer monge budista do seu estado de nirvana. As cobranças são diversas.
Nos cobram com relação a alimentação, com relação ao nosso humor e ainda por cima (mas não menos chato) nos cobram com relação a várias lendas que existem por aí.
Que grávida não pode comer qualquer coisa, nós já sabemos. Mas a mulher não entrou em uma cápsula e depois de alguns minutos saiu super-mega-ultra-saudável. Ela gostava de fast food, vai continuar gostando... gostava de refrigerante, vai continuar gostando... gostava de fritura, vai continuar gostando... O que acontece é que no meu caso, eu tento me controlar. Mas de vez em quando, confesso, fujo um pouco e como uma besteirinha só pra não pirar. Aí sempre tem um colega de trabalho na fila do self-service fazendo check-in no que estou colocando no prato. E pra piorar, ele(a) ainda me reprime!!!! #sanguenosolhos!!!
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Eu estou feliz com a minha gravidez. Muito feliz pela chegada da Valentina. Mas os incômodos da gravidez tiram qualquer um do sério. Desde o início tenho tido gases, muitos arrotos, que não preciso dizer, são desagradáveis. Como coloquei barriga cedo, minha silhueta mudou logo. Perdi algumas roupas logo. Como se isso não bastasse, os pés incharam e os sapatos também não cabem mais. Agora veio a azia. Como manter o bom humor? É muita mudança em um único corpinho, em uma única mente. E por mais que marido apóie, tente ajudar, não dá pra dividir essas coisas com ele. Isso sem falar das preocupações com o parto, com a gestação. Se tudo está correndo bem, se o bebê está bem mesmo. Por mais que a ultra diga que está tudo ok, não há nada mais categórico que ver seu bebê ao vivo e a cores, pra se certificar que ele está bem e saudável. Mas isso só quando ele nascer, então até lá a insegurança e a preocupação, são nossas amigas.
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As lendas... Ah as lendas!!
Alguém muito conceituado um dia falou que se torcer a roupinha do bebê quando lavar, o bebê terá cólica!!! Aí toooooodo o mundo repete isso como se fosse uma verdade absoluta. Só que pelo que minha médica disse, o estômago do bebê termina de se desenvolver fora do útero materno, e ele não recebia alimento como passa a receber o leite. Então as cólicas fazem parte da adaptação do pequeno bebezinho.
Outro alguém muito cabeça falou: não pode usar sabão em pó pra lavar as roupinhas!! Mas sabão líquido foi criado a poucos anos!!! Como que as mães faziam então???
Não pode usar pregador de madeira!!! Por via das dúvidas não to usando pregador nenhum.
Não pode pendurar as roupinhas do bebê de cabeça pra baixo!! Deve ser a mesma lenda que falava que se deixasse o chinelo virado a mãe morria.
Comer canjica ajuda a dar leite!! Minha médica me lembrou de algo óbvio: As vacas não comem canjica pra dar leite. Pq conosco seria diferente? O negócio é beber muita água.
Casca de mamão ajuda a formar o bico do seio pra amamentação!!! Uma conhecida QUEIMOU os bicos dos seios por conta dessa crendice. Preciso falar mais nada né?
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Tenham cuidado com algumas lendas, pq podem ser perigosas e algumas podem ser inofensivas, mas acabam tirando o sossego das mamães (ainda mais as de primeira viagem). O que nós queremos é viver esses meses da maneira mais calma e com menos cobranças aguardando a chegada do(a) nosso(a) pequeno(a). Pq a jornada da maternidade é longa e cheia de aprendizados, e devemos separar o joio do trigo. As crendices do que são ensinamentos mesmo. Pq responsabilidade é o que não vai faltar daqui pra frente.
Beijos.