A Partida - OKURIBITO

Olá moçoilas!!!! Saudade de vcs.

Hoje vim falar da minha experiência ao assistir um filme japonês. Isso mesmo, japonês.

Quando me indicaram o filme "A Partida - Okuribito", confesso que não senti muita vontade de assistir por se tratar de um filme japonês. Não sei dizer o que me veio a mente, mas foi algo como: "Esse filme deve ser paradão." Olha o preconceito aí minha gente! E que por sinal, o preconceito é tratado no filme de uma forma belíssima.

Existem algumas cenas de humor. Acho que foi a dose de humor necessária pra aproximar o filme do expectador ocidental. As músicas, as lições e as cenas são lindas. E o que espantou a mim e ao meu marido foi a disciplina que os orientais tem. A questão de respeitar o tempo do outro. De acreditar no seu propósito e deixar o tempo se encarregar das coisas. Coisa que falta em mim.

A vida de Daigo o leva a trabalhar com a preparação dos mortos para o momento da partida. Profissão que ainda entra em conflito com o preconceito de muitas pessoas. Inclusive com o dele. Nessa profissão seu ponto de vista sobre a morte muda conforme ele vai ganhando experiência. E ele acaba vendo que esse momento, de preparar os mortos, pode ser o que falta pra aceitar, acreditar e aprender a lidar com a morte. Enquanto tem pessoas que se recusam a encostar no morto, Daigo limpa, troca as roupas, maqueia, penteia a pessoa. Nesse momento as pessoas da família percebem que quem está ali continua sendo seu ente querido. E que ele merece esse carinho, essa dedicação. Num momento crucial, percebemos que foi Deus quem colocou Daigo nessa profissão.

Preciso dizer que chorei? Não né?